Comitê de Defesa de Malalaï Joya, 19.5.2008
tradução de Edu Montesanti

Em 2006, Comitê de Defesa de Joya provou que homem tentou obter assinaturas de funcionários da então parlamentar, a fim de incriminá-la

Em 18 de Abril 2006, o Comitê de Defesa de Malalai Joya, em um comunicado sobre descoberta de conspiração contra Malalai Joya, em que um homem chamado Najeebullah chegou ao escritório de Malalai Joya em Farah disfarçado de funcionário da ajuda externa, tentou conseguir as assinaturas dos funcionários do escritório.

O escritório de Malalai Joya, com a ajuda de uma das mulheres no Conselho Provincial e dos apoiadores de Joya, conseguiram conduzir o indivíduo à detenção imediata, entregando-o à polícia de Herat. A partir de suas confissões, a polícia descobriu que ele era responsável por uma conspiração política contra Malalai Joya. Entregaram-no ao serviço de Inteligência afegão (KHAD), onde todas as suas confissões foram registradas.

Apesar de muitas tentativas de Malalai Joya e de seus apoiadores (que ajudaram a prender esse homem), a KHAD recusou-se a expor suas confissões e apenas anunciou que tinha sido enviado pelos talibans para espioná-la. Até hoje, não disseram nada sobre o homem e os detalhes de suas confissões. Mas de acordo com informações recolhidas pelo gabinete de Malalai Joya, eles chegaram à conclusão de que o indivíduo foi enviado por pessoas do Parlamento, especificamente Younis Qanooni (presidente). O incidente ocorreu dias depois que Joya expôs publicamente que Younis Qanooni desviou 25 milhões de dólares do ministério da Educação durante seu ministério, e pediu investigação para isso. Como esse assunto foi amplamente divulgado pela mídia no Afeganistão, Qanooni queria usar assinaturas falsas para conspirar contra ela, e mantê-la em silêncio.

Recentemente, através de um apoiante de Joya, algumas partes envolvidas no caso das confissões desse homem fizeram-nas chegar a nós. Aqui, o homem admitiu que o homem recebera 100 mil afegãos do Parlamento para tal conspiração contra Malalai Joya, a fim de obter a assinatura de seu escritório em um documento que diz Joya recebeu muito dinheiro dos norteamericanos para que pudesse ser usado como prova contra ela, e retratá-la como agente dos estrangeiros contra o Islã. Ainda não temos a continuação dessa confissão, em que ele deve ter exposto especificamente as pessoas que lhe enviaram a essa tarefa. Isso também foi escondida pela KHAD.

Este é apenas um dos exemplos das tentativas dos criminosos da “Frente Nacional” contra Malalai Joya. Quando viram que essa conspiração não foi eficaz a ponto de silenciá-la nem de afligi-la, suspenderam-na do parlamento pensando que se livrariam das fortes críticas. Mas a luta corajosa de Joya e as exposições fora do Parlamento no ano passado, estilhaçou as ideias deles, e a natureza mafiosa deles tenha sido exposta ao mundo em escala ainda maior.

Diretiva da Segurança Nacional de Herat
Divisão de Investigação
Pergunta:

Diga, Najeebullah, que trabalhos você tem feito até agora e quaanto dinheiro você tem recebido por ele?

Resposta:

Até agora recebi explosivos, fusível e detonador de bomba de Maulawi Majid e de Dost Mohammad Maulawi três vezes, e através de um carro de entrega das comunicações de Farah, entreguei tudo isso a um homem chamado Sultan Ahmad, filho de Haji Nasr, residente em Farah. O motorista do carro é primo de Sultan Ahmad, e ele sempre me ajudou no transporte dessas coisas. Para essa tarefa, recebi 300 mil afegãos do mulá Majid. A última vez que fui designado para ir ao escritório de Malalai Joya e recolher as assinaturas dos seus funcionários, a fim de que elas pudessem ser utilizadas para preparar um documento falso dizendo que eles recebem dinheiro dos Estados Unidos, e trabalham contra o Islã. Recebi do Parlamento 100 mil afegãos para isso.

(Carimbo da Procuradoria da agência de Inteligência de Herat)

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